Ministério da Saúde completa um mês mentindo sobre testes e Brasil bate recorde de subnotificação

Bolsonaro é um negacionista irresponsável que sequer reconhece seriamente o coronavírus. Mandetta e governadores seguem fazendo demagogia e enganando 127 mil pessoas que estão com suspeita de estarem infectadas. Enquanto isso, dentre os 15 países mais afetados pela doença, Brasil é o mais subnotificado.


No Brasil, a cada 1 milhão de habitantes, são realizados apenas 296 testes, segundo O Globo. E é altamente dependente da importação de testes, principalmente da China, o que gera uma alta corrida no mundo para a conquista de testes, afinal se vende para quem paga mais e mais rápido. O CEO da In Vitro Diagnostics Association não tem vergonha de afirmar que "todos os países do mundo querem a mesma coisa ao mesmo tempo", até porque está representando que grandes fabricantes e distribuidores de testes que saem lucrando às custas das mortes de milhões de pessoas.
Pesquisador da Rede USP para Diagnóstico da COVID-19 (Rudic), Roger Chammas, escancara que seu grupo de pesquisa poderia estar fazendo 1500 testes moleculares por dia, mas está fazendo 200 por falta de insumos.
No RJ, os testes rápidos não foram entregues, laboratórios da UFRJ que fazem testes moleculares também estão com falta de insumos. Testes rápidos de anticorpos que chegam são muito pouco e chegam ainda sem validação.
Ontem, quinta (9), Wanderson de Oliveira, secretário de vigilância do Ministério da Saúde, afirmou que 127 mil casos suspeitos em todo o país esperam exames.
Essa centena de milhares de pessoas estão com quadro de síndrome respiratória aguda grave e o secretário, como parte da corja demagógica das tropas de Mandetta e do governo, mente diante delas ao dizer que há disponibilidade suficiente de testes para esta e para a próxima semana.
O secretário ainda orienta para que as secretarias estaduais não testem todos os casos suspeitos: "É fundamental que esses recursos sejam bem administrados pelas secretarias estaduais. Não é para testar casos de SRAG que não sejam internados ou não sejam por meio da vigilância sentinela. Se acabar o teste, não temos como suprir imediatamente".
Mandetta, que antes de ser ministro foi presidente da rede privada de saúde Unimed, que foi colocado no Ministério da Saúde por Bolsonaro, negacionista e genocida, e hoje é respaldado por Dória, Witzel e avalizado pelos militares, nega testes massivos à toda a população para que não se escancarem as reais taxas de contágio e morte do vírus.
Só com os trabalhadores tomando a dianteira é que nossos mortos não se multiplicarão. Bolsonaro, Mandetta, os governadores como Dória e Witzel e os militares assumem diferentes posturas em relação à quarentena, mas nenhum está se importando com os trabalhadores e o povo pobre. Eles garantem os lucros como o da In Vitro, em vez de emergencialmente revogar o Teto de Gastos, parar de pagar a dívida pública, taxar as grandes fortunas para garantir esses insumos básicos.
Com essa dianteira dos recursos e com toda a estrutura e o conhecimento das universidades a serviço dos trabalhadores e do povo pobre, a pandemia pode ser combatida.

Fonte: Esquerda Diário

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