Ao longo de 35 anos, o Movimento construiu uma longa trajetória de luta pela terra e por igualdade social
Há 35 anos o MST luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Ao longo desse período, além da Reforma Agrária Popular e da agroecologia, um caminho na luta por educação, cultura, saúde e igualdade também foi traçado.
Confira abaixo:
1 – Ao longo desses 35 anos, o MST tornou-se o maior produtor de arroz orgânico da América Latina
Somente na safra de 2017 foram produzidos 27 mil toneladas de arroz orgânico. Além disso, o Movimento exporta 30% de sua produção para países como Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Nova Zelândia, Noruega, Chile e México.
2 – Fruto dessa organização são as cooperativas, associações e agroindústrias nos assentamentos.
Atualmente, o MST organiza sete principais cadeias produtivas: feijão, arroz, leite, café, sucos, sementes e mel.
3 – O MST realiza feiras da Reforma Agrária em todo Brasil
Atualmente, são 17 feiras estaduais espalhadas por todo o país, além da feira nacional que acontece anualmente na cidade de São Paulo.
4 – Ocupação do MST no Paraná ganha prêmio por recuperação da Mata Atlântica
O acampamento José Lutzenberger, que fica no município de Antonina (PR) ocupa parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba, no litoral norte do Paraná, e desde 2003 concilia a produção de alimentos livres de agrotóxicos – de couve à café – com a recuperação da Mata Atlântica. Por isso, a comunidade foi contemplada no prêmio Juliana Santilli, na categoria ampliação e conservação da agrobiodiversidade.
5 – Em 2018, assentamento do MST alcança safra recorde de sementes
Só da variedade de milho crioulo Sol da Manhã, o pré-assentamento Ana Ferreira, em parceria com o Movimento Camponês Popular (MCP), produziu 30 toneladas. Já comunidades camponesas organizadas no MCP geraram 120 toneladas de sementes. Destas, 20 toneladas são de 7 variedades de feijão, 2 toneladas de arroz e 98 toneladas de 6 variedades de milho, todos crioulos.
6 – MST recebe prêmio em Guernica pela luta da Reforma Agrária
O prêmio Guernica para a Paz e Reconciliação foi entregue em 2013, na cidade de Guernica, na Espanha. Ao conceder o prêmio para o MST, o comitê de jurados afirmou que o Movimento é uma “organização que luta pela paz e pela Reforma Agrária no Brasil”.
7 – Em 1995, o MST ganhou prêmio por programa educacional
O programa educacional do Movimento, feito nos assentamentos de Reforma Agrária, ganhou o Prêmio Itaú-Unicef Educação e Participação.
8 – Em 2011, o MST recebeu prêmio por sua produção sustentável
Coalizão Comunidade Soberania Alimentar (Community Food Security Coalition -CFSC) escolheu o MST para receber o Terceiro Prêmio Anual de Soberania Alimentar . A entrega aconteceu durante a 15º Conferência Anual do CFSC, em Oakland, Califórnia, EUA.
9 – O Prêmio Ceci Melo de Participação Social do Governo da Paraíba, que anualmente homenageia mulheres que se destacam nas atuações sociais, na edição de 2018, homenageou a militante do MST, Dilei Aparecida Schiochet.
10 – O MST, recebeu em dezembro em 2018, o Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, oferecido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
11 – Escola do MST recebe prêmio em feira de ciência e tecnologia em Santa Catarina
O projeto “uso das caldas em sistemas agroecológicos” da escola Vinte e Cinco de Maio venceu em 2018 o 3º lugar na XII Feira de Ciência e Tecnologia do estado.
12 – Em maio de 2016, o MST recebeu o prêmio Chapin Awards da organização americana WhyHunger.
13 – Escola do MST ganha prêmio com o tema Zumbi dos Palmares
O Colégio Estadual do Campo Contestado, situado no Assentamento Contestado na Lapa, estado do Paraná, ganhou o prêmio Orierê-Cabeças Iluminadas, do Centro Cultural Humaitá, com o tema Zumbi dos Palmares. O Prêmio foi criado em 2009 pelo Centro Cultural, com intuito de valorizar e evidenciar a herança Africana e Afro-Brasileira no Paraná.
14 – Em 2002, um trabalho inédito de conservação ambiental em assentamentos do MST no Pontal do Paranapanema, em São Paulo, ganhou o Whitley Gold Award, um dos mais importantes prêmios ambientais do mundo.
15 – O Movimento luta pelo acesso à educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis para suas crianças, jovens e adultos.
Já conquistou mais de 2 mil escolas públicas e 320 cursos via Pronera em 40 instituições, onde já se formaram 165 mil educandos no ensino fundamental e médio e em cursos técnicos e de nível superior, como agronomia, agroecologia, medicina veterinária, história, direito, serviço social e cooperativismo.
16 – Segundo o Índice de Desenvolvimento na Educação Básica (IDEB) duas escolas do MST obtém maiores índices na educação básica
A Escola Amadeus Carvalho no Assentamento Marrecas, localizada no município de São João do Piauí, e a Escola Sabino Bernardo, no Assentamento Palmares, município de Luzilândia, obtiveram no ensino fundamental notas consideradas acima da média para modalidade.
17 – O MST não doutrina crianças, todas as nossas escolas são públicas e cumprem as diretrizes aprovadas pelo Ministério da Educação (MEC).
18 – Desde 2005, através do Projeto Escuela Latinoamericana de Medicina (ELAM), mais de 100 médicos Sem Terra já se formaram em Cuba e na Venezuela.
Eles atuam em 16 estados brasileiros, no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Programa Mais Médicos, atendendo principalmente a população mais pobre da zona rural, vilas e periferias.
19 – Através do método cubano ‘Sim eu Posso’, mais de 50 mil adultos já foram alfabetizados
20 – O MST não rouba terras, o MST ocupa terras improdutivas
A política de Reforma Agrária somente desapropria terras que não cumpram sua função social, ou seja, que não são utilizadas para moradia nem para plantio. Quem garante isso é a Constituição Federal de 1988, artigos 182 e subsequentes, bem como o Estatuto da Terra (Lei nº4.504/1964).
21 – O MST luta desde 1984 por Reforma Agrária e transformações sociais no país.
Conquistou assentamentos para mais de 1 milhão de pessoas e ajudou a construir e/ou implementar o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o reconhecimento da profissão de agricultora, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), dentre outras políticas.
22 – Julia Kaiane Prates da Silva, nascida e criada no assentamento de São Virgílio, na cidade de Herval (RS), chegou à final da 10ª Olimpíada Nacional em História do Brasil.
A olimpíada aconteceu em agosto de 2018, em Campinas, no interior de São Paulo.
23 – Ao todo, mais de 600 mil pessoas passaram pela Feira Nacional da Reforma Agrária durante suas três edições em São Paulo
24 – O MST tem uma vasta produção audiovisual tendo, ao longo desses 35 anos, produzido e participado de dezenas de longas e curtas-metragens, isso sem falar da produção musical que conta com álbuns dedicados à produção musical do Movimento
25 – As experiências do MST na área da saúde popular são enormes e estão por todos os estados. São cursos técnicos em enfermagem, fitoterapias, auriculoterapia, massagens, além de cursos de graduação em psicologia e enfermagem.
Em 2017, o documentário ‘Do Corpo da Terra: Filme do Setor de Saúde do MST’ foi premiado no 12ª edição do Festival Taguatinga de Cinema
26 – Outra iniciativa, bastante comemorada no setor, é a produção de hortas medicinais.
No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, existem três experiências intercaladas na produção de fitoterápicos.
27 – A Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), localizada em Guararema, foi construída entre 2000 e 2005 por mais de 1.000 militantes do MST, que fabricaram até os tijolos utilizados nas edificações.
28 – Os recursos para a construção foram levantados com a venda do livro e disco Terra, com fotos de Sebastião Salgado, texto de José Saramago e músicas de Chico Buarque.
29 – A escola é voltada para a formação política de militantes de movimentos sociais do Brasil e de todo o mundo.
30 – Já passaram mais de 24 mil alunos pela escola e 500 professores voluntários.
31 – A escola também possui uma biblioteca com mais de 40 mil livros doados, três salas de aula, um auditório e dois anfiteatros.
Foram construídos também quatro blocos de alojamento, refeitórios, lavanderia, estação de tratamento de esgotos e casas destinadas aos assessores e às famílias de trabalhadores que residem na escola.
32 – O MST comercializa alimentos institucionalmente para várias entidades, programas e organizações, dentre elas, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Os produtos do MST também são exportados e comercializados em mercados, feiras, grupos de consumo, Armazéns do Campo e lojas da Reforma Agrária.
33 – Escola do MST desenvolve embalagens sustentáveis de banana verde
O projeto “Embalagens sustentáveis de banana verde”, de autoria do professor Robson Almeida da Silva, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) da Floresta e Chocolate Milton Santos, no município de Arataca, no Sul da Bahia, foi um dos cinco vencedores do Nordeste indicados ao prêmio nacional “Respostas para o amanhã”.
34 – O MST não tem líderes, mas sim, instâncias organizativas.
35 – O MST não vai ocupar seu sítio, o Movimento ocupa latifúndios improdutivos e, através disso, cumpre com o compromisso de garantir a função social da terra.
Excelente artigo
ResponderExcluirInformações necessárias para o mundo que não o do MST.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabens pelos 35 anos de vitorias.
ResponderExcluirMuitas lutas! Muitas conquistas! Viva o MST!
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