Governos, como Doria e Witzel, declaram a quarentena individual como melhor saída contra a pandemia, enquanto Guedes se preocupa em “socorrer” os bancos. Nenhuma das duas medidas é uma saída, sem que hajam um conjunto de medidas emergenciais, como testes massivos para toda a população para que haja uma quarentena de fato racional e que a economia e produção industrial seja readequada em torno de combater o vírus, inclusive interrompendo imediatamente as cobranças dos serviços essenciais como água e luz.
A situação social dos trabalhadores em meio à crise é desalentadora. Em cada país, vemos distintas expressões de como a crise social da pandemia do Coronavírus e é fundamentalmente grave para os trabalhadores que são quem paga a conta da fome e da doença. Exemplos disso são as favelas de Paraisópolis e Heliópolis que, no meio da epidemia estão sem abastecimento de água, mas seguem pagando; e a situação dos trabalhadores informais que estão sem recurso agora. As medidas dos governos para esses graves problemas oscilam entre a demora e a insuficiência.
Enquanto isso, para salvar empresários e banqueiros não faltam recursos e nem é um empecilho a morosidade do rito democrático. O Banco Central doou aos banqueiros mais de R$1trilhão em uma injeção de liquidez imensa num piscar de olhos, nem uma migalha disso é usada para sustentar os trabalhadores informais que há duas semanas esperam que o governo defina os valores do que chamou de “voucher Corona”. Nem um triz disso é utilizado para converter a produção de fábricas e universidades para insumos essenciais de combate a crise, como álcool em gel.
Não é justo que crise social do Coronavírus seja descarregada sobre a classe trabalhadora e os mais pobres, portanto medidas urgentes, como a suspensão da cobrança à população de serviços essenciais como água, luz, aluguel, internet, IPTU, gás e etc. são medidas elementares para a sobrevivência da população. A suspensão do pagamento da conta de água é, particularmente, importante, uma vez que a higiene e alimentação é umas das formas preventivas mais eficazes contra o vírus. Junto a essas, são necessários testes massivos para que as quarentenas sejam, de fato, eficazes em isolar o vírus e que os trabalhadores de distintos setores emerjam para readequar a produção, não para produzir produtos irracionais para o momento que estão endereçados para o lucro da burguesia, mas para produzir leitos de UTI, respirados e demais produtos essenciais para combater a pandemia.
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