Grupos de extrema-direita comemoram o coronavírus e atacam quarentenas

Nos Estados Unidos, um neonazista foi morto ao tentar explodir um hospital. Ele estava incomodado com a quarentena decretada em sua cidade



São Paulo – Radicais de extrema-direita em todo o mundo estão irritados com estratégias para frear a pandemia do novo coronavírus, como isolamentos e quarentenas. Nos Estados Unidos, parte deles se voltaram contra o presidente, Donald Trump, até então querido por essa parcela da sociedade. Isso, porque Trump demorou, mas seguiu recomendações da Organização Mundial da Saúde e decretou isolamentos e quarentenas.
Um desses radicais é Timothy Wilson. Ele foi morto na terça-feira (24) por agentes do FBI após resistir à prisão. Isso, porque Wilson tentou explodir um hospital. Ele estava revoltado com a quarentena decretada na cidade de Belton, no estado do Missouri. O neonazista estava armado e planejava explodir uma bomba na unidade médica.
“Wilson decidiu acelerar seu plano de usar um dispositivo explosivo improvisado em um veículo na tentativa de causar danos graves e baixas em massa”, disse o FBI, em nota. O órgão policial também afirmou que o terrorista de extrema-direita já era monitorado por posições racistas e supremacistas.

Coronavírus: arma para radicais

O número de contaminados pelo novo coronavírus passa da marca de meio milhão. Os mortos devem alcançar os 30 mil neste fim de semana. Líderes mundiais de todas as orientações ideológicas, até aqueles que flertam com a extrema direita como Trump, estão adotando medidas de isolamento para conter a pandemia. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), vai na contramão. O político radical de extrema-direita desdenha da doença e da saúde pública.
Sem representação política marcante, outros radicais acham o vírus bem-vindo. Neonazistas esperam fazer do vírus uma “arma secreta” para matar minorias. O fato foi reportado pela rede de notícias Al Jazeera, com sede no Catar . Os radicais esperam “construir uma nova sociedade” em cima dos escombros do novo coronavírus.
Movimentos com tal ideologia possuem adeptos em países como Estados Unidos, Noruega, Ucrânia e Alemanha. Muitos deles se organizam por redes sociais como o Telegram. “É uma oportunidade para aumentar a tensão e defender a violência. Um canal neonazista popular convoca membros para tossir em sinagogas. Em outro, pedem para infectados com covid-19 espalharem saliva em policiais”, diz a matéria.

Comentários